Quimioterapia é a medicação mais antiga da Oncologia, mas mesmo hoje, diante de tantas opções de tratamento, ainda se faz presente no tratamento de quase todo tipo de câncer.

Trata-se de um tipo de tratamento, que pode ser venoso ou oral, que tem como objetivo destruir, controlar ou evitar o crescimento de células tumorais. Mas, infelizmente, a ação da mesma não é inocente para o resto do corpo. Esse não é um medicamento que tem um alvo, e por isso, age no DNA de células tumorais e sadias.

E, por isso, temos os tão indesejáveis efeitos colaterais. Queda de cabelo, náuseas, vômitos, diarréia, prisão de ventre, além de reações diversas na pele são um dos efeitos mais frequentes vistos em pacientes oncológicos. No entanto, cabe ressaltar, que a mesma quimioterapia em diferentes pacientes podem causar sintomas completamente diferentes.

Quem é meu paciente sabe, sempre digo que medicina não é matemática! Há aqueles que vão sentir muito, e aqueles que não vão sentir nada!

No câncer de cólon e de reto, a quimioterapia tem papel importante no tratamento curativo do doente pois é capaz de pegar células tumorais circulantes não visíveis; enquanto que no paciente metastático, a quimio é muito importante na redução do volume de doença desse paciente: melhorando seus sintomas e aumentando tempo de sobrevida. Aqui, vale a pena destacar, que a estabilidade da doença, ou seja, uma doença que está igual do início da quimio até meses de tratamento depois, também é ganho, pois não houve piora dessa doença. A quimio segue cumprindo seu papel!

Particularmente no câncer de reto, a quimioterapia tem ainda um papel a mais, que é aumentar a sensibilidade da radioterapia, quando ambas são feitas juntas no tratamento do câncer de reto.

E, aí? Você já fez quimioterapia ?