Pólipos são lesões benignas que crescem da parede intestinal para dentro da luz do intestino, como resultado de proliferações anormais. A maior parte deles é assintomática.

 Mas pode haver sangramento de pequena monta, e que por isso, geralmente é identificado por pesquisa de sangue oculto. Essas lesões são retiradas durante aqueles exames endoscópicos que conversamos, como colonoscopia e retossigmóidoscopia. Na maior parte dos exames, essas lesões saem como um todo, mas em alguns outros, as lesões podem não ser retiradas em sua totalidade, por ser uma lesão mais profunda ou por ser uma lesão muito grande.

 Dependendo do caráter da lesão, devemos avaliar procedimento de ressecção endoscópica da lesão ou conversar com um cirurgião sobre.

 Os pólipos são divididos em adenomatosos e não adenomatosos, e são identificados e diferenciados a partir da avaliação de um patologista.

 Não adenomatosos: pólipos hiperplásicos, inflamatórios, hamartomatosos, lipomas, leiomiomas, etc. Esses pólipos são lesões benignas e que, normalmente, não se transformarão em um tumor maligno ou câncer.

Já os pólipos adenomatosos são os pólipos que podem sofrer transformação maligna e levar a um câncer de intestino. Eles são divididos em adenomas: tubulares, tubulo-vilosos e vilosos. A patologia identifica esses pólipos, assim como se há uma displasia de baixo, médio ou alto grau, nos deixando menos ou mais preocupados com tais lesões.

 Os adenomas tubulares são os que mais frequentemente se malignizam, enquanto os adenomas tubulo-vilosos e vilosos são àqueles com maior capacidade de malignização. Adenomas devem ser sempre ressecados em sua totalidade, e isso já faria parte da nossa prevenção primária do câncer colorretal já discutida algumas vezes aqui. Em outras situações, a retirada do pólipo pode demonstrar à patologia, um adenocarcinoma ( já uma lesão maligna ) dentro de uma lesão adenomatosa.

 Nesse caso, deverá ser cuidadosamente avaliado por time de especialistas na área ( endoscopistas, oncologistas, cirurgiões, patologistas ) se precisará complementar com cirurgia ou se a retirada endoscópica foi o suficiente.

 Finalmente, há ainda alguma interrogação do tempo que um pólipo adenomatoso leva para se malignizar. Acredita-se que seja entre 5 e 10 anos, mas a literatura ainda especula e não define isso fidedignamente. Por isso, o rastreio periódico, a partir dos 45/50 anos de idade se faz necessário. A frequência da colono vai variar com a presença ou não desses pólipos, bem como de suas características patológicas já mencionadas aqui. Façam sues exames !!