Mais frequentemente ao longo do tratamento do câncer colorretal metastático, pacientes nos questionam até quando faremos a quimioterapia. Estão esgotados das rotinas de coletas de sangue e quimioterapia venosa periodicamente.
Nesse cenário, se for possível, damos “férias” da quimio.
Não sendo possível, avaliamos a “redução” da quimioterapia que está sendo entregue. Mas, na verdade, nesse momento do cansaço, o paciente sempre nos questiona se existe medicação oral para tratá-los! Então, vamos falar sobre isso.
Sim, temos medicação oral a ser usada no câncer colorretal. Mas vamos desmistificar alguns pontos em relação ao uso de medicação oral nos nossos pacientes.
1 – Essas medicações orais são quimioterapia ou inibidor de tirosina kinase. E por isso, temos efeitos colaterais sim, e não são “bobos”. Temos anemia, queda de imunidade, náuseas, fadiga, alterações de pele e diarreia, dentre os efeitos mais frequentes.
2 – E por isso, também temos de colher exame de sangue periodicamente, para sabermos se podemos manter a medicação.
Para conhecimento, temos uma medicação chamada capecitabina, que é um quimioterápico bem antigo mas super importante em qualquer momento do tratamento do câncer colorretal – linhas iniciais ou tardias.
Para linhas mais tardias de tratamento, temos: Regorafenib (inibidor de tirosina kinase) e trifliridina-tipiracil (quimioterápico).
E então, será que temos tantas vantagens nas medicações orais?
Sendo sua resposta sim ou não, em algum momento, no caminho do paciente metastático, é possível que essas medicações sejam utilizadas!
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