Marcadores Tumorais são substâncias encontradas no sangue ou em outros fluidos do corpo, e que se mostram elevados, normalmente, com o crescimento de um câncer. É muito comum que pacientes nos procurem no consultório apresentando algum marcador elevado, solicitado por outro clínico. No entanto, tais parâmetros não devem ser solicitados, individualmente, ou mesmo como rastreio geral de câncer. Isto porque os marcadores não são tão fidedignos como gostaríamos. Alterações ou doenças benignas no corpo podem modificar marcador e não são neoplasias malignas. Em síntese do primeiro ponto a saber: marcador tumoral elevado sozinho pode não significar nada de mais!!! Ultrapassado esse conceito, vamos explicar o que é um marcador tumoral ideal ou um “bom marcador”. Esse consiste em um marcador que se apresenta elevado ao diagnóstico da doença, ou seja, quando paciente ainda não fez qualquer tipo de cirurgia ou tratamento; quando se eleva em vigência de um tratamento que não está mais fazendo efeito no paciente  ou quando volta a subir no acompanhamento de um paciente já tratado. Porque ele se chama um marcador bom? Porque ele funciona, exatamente, como deve funcionar. Sobe para nos atentar sobre doença e desce para nos indicar resposta ao tratamento. No entanto, nem todos os pacientes apresentam esse marcador bom. Há pacientes que não modificam seus marcadores, e por isso, perdemos o marcador como um parâmetro de resposta, e aí ficamos mais dependentes dos sinais e sintomas, e exames de imagens do paciente. Então, segundo ponto: nem todos tem um bom marcador.

Mas, então, quando devemos pedir um marcador e avaliar se esse marcador é ideal?

Quando o clínico ou o Oncologista Clínico identifica um nódulo ou massa sugestivo de tecido tumoral em determinado órgão, solicitamos o marcador tumoral específico desse órgão, caso exista. Esse marcador alterado ( e dependendo de seu valor ) pode, praticamente, fechar o diagnóstico; embora todo diagnóstico de câncer dependa da biópsia. Terceiro ponto, então: Nem todo câncer tem marcador tumoral específico. O câncer de cólon e reto possui um marcador denominado antígeno carcinoembrionário, mais comumente conhecido daqueles pacientes, que já tratam conosco, de CEA.

Por isso, o marcador tumoral é um auxiliador no fechamento de um diagnóstico que já vinha sendo suspeitado, e é utilizado como parâmetro de resposta para quem tem um marcador ideal.