Pessoal, embora Imunoterapia não seja amplamente dada aos nossos pacientes portadores de câncer colorretal, vamos falar rapidamente dela aqui. Isto porque existe uma preferência do paciente, hoje, em querer fazer a imuno e não a quimio, pois ouviu falar que a primeira é super tranquila. Então, vamos lá!
Primeiramente, gostaria de relembrar que no caso do câncer colorretal somente uma pequena parcela apresenta uma alteração molecular a nível dos genes tumorais (MSI-H / dMMR) que tem indicação de receber imuno, e isso configura por volta de 3 – 5% de todos esses pacientes. Por isso, não é para todo muno!!
Segundo, vamos desmistificar que se trata de uma medicação livre de efeitos colaterais.
Sim, estamos falando de eventos adversos mais tranquilos que aqueles desenvolvidos por uma quimioterapia, por isso, normalmente não vemos: náuseas, vômitos, diarréia, queda de cabelo, dormências, etc. Mas, temos, infelizmente, alguns efeitos indesejados, e que dependendo do grau que se apresentem podem fazer com que o oncologista suspenda até o tratamento.
A Imunoterapia, basicamente, é um tratamento que auxilia o próprio sistema imunológica do paciente a reconhecer o câncer como algo estranho e combatê-lo.
No entanto, faz parte desse combate, “startar” processos inflamatórios nesse caminho.
E é aí que a coisa pode complicar: esse estímulo inflamatório poderia não se dar somente contra o câncer, mas também em células sãs.
Não é tão incomum identificarmos uma colite ou pneumonite (processos inflamatórios do cólon e pulmão, respectivamente) nesses pacientes.
E dependendo do grau de apresentação, o paciente pode evoluir à internação para corrigi-las, e de repente ter esse tratamento proscrito ao mesmo!
Mas, a boa notícia é que há aqueles indivíduos que nunca terão qualquer desses efeitos.
Então, se tivermos a indicação de fazê-la, os resultados são muito bons, e nada de anormal pode acontecer. Mas, temos de ter consciência de que não se trata de medicação inocente.
E, aí, você já fez Imunoterapia?
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