Tomografias e ressonâncias magnéticas são exames nossos do dia-a-dia, tanto para fazer diagnóstico como para acompanhar a resposta à doença. É muito comum o paciente perguntar a nossa opinião sobre fazer ou não com contraste, já que ele não aguenta mais ser furado para as coletas de exame de sangue ou para a infusão de quimioterapia.

E sempre repito: sim, é crucial uma imagem com contraste! Exames sem contraste, digamos assim, são mais difíceis ao radiologista para esclarecimento do caráter de uma determinada lesão. Nossas partes ósseas são mais evidentes às imagens, por serem mais densas absorvem mais radiação. Já nossas partes moles ( órgãos e vasos ) absorvem menos radiação, aparecendo mais escuros. O contraste auxilia, justamente, em tornar nossas partes moles mais “claras” aos olhos do radiologista.

Os contrastes da ressonância magnética e da tomografia são diferentes. Na ressonância, o paciente recebe gadolíneo. Na tomografia, o contraste é iodado.

Quem não pode receber contraste? Normalmente, o contraste iodado não pode ser recebido por quem é sabidamente alérgico ao mesmo, ou já tenha apresentado alergia quando ingeriu camarão ou outros frutos do mar ricos em iodo. Essas não são contra indicações para receber gadolíneo (ressonância), que é mais hipoalergênico que o iodo e não costuma provocar reação.

E, finalmente, pacientes com algum grau de insuficiência renal devem ter a autorização do nefrologista para fazerem a imagem contrastada, pois dependendo do grau de comprometimento, não podem receber contraste. Contra indicações absolutas: gestantes, pacientes com cardiopatias congênitas.