Não é incomum, ouvirmos nos consultórios perguntas sobre a biópsia líquida, embora o paciente nem saiba muito bem do que está falando. Então, vamos lá! Vamos conversar um pouco do que se trata.

Biópsia líquida consiste em coletar amostras de sangue do paciente a fim de se identificar DNA tumoral circulante, ou seja, células malignas na corrente sanguínea.

A biópsia líquida ainda não faz parte do nosso dia a dia, pois ainda não está regulamentada como prática diária tomar decisões baseadas na mesma! Sim, está a um passo disso acontecer, é nosso futuro próximo, mas não estamos habilitados a tomar decisões baseados nela.

No entanto, há cenários nos quais a biópsia líquida estará provavelmente autorizada em pouco tempo.

Uma das situações bem próximas de se autorizar o uso da biópsia líquida é a coleta da mesma 1 mês após a cirurgia do paciente com câncer colorretal com proposta de tratamento curativo.

A presença ou ausência de células malignas pode nos nortear se esse paciente precisa fazer quimioterapia ou não complementar. E após esse tempo, coletas sazonais seriam propostas para acompanhamento do mesmo, como tentativa de se identificar tais células antes delas se manifestarem no organismo como metástases visíveis em exames! Isso é ou não é um avanço?

Os estudos já estão adiantados, e estamos aguardando com entusiasmo! A parte negativa ainda é o preço da biópsia, que é algo bastante caro para o público em geral; mas que esperamos que a rotina o reduza, tornando-se mais acessível a todos!