Bom, continuando nosso papo sobre disseminação do câncer, existe uma via não tão familiar de vocês, mas que está normalmente no dia-a-dia do paciente metastático. A disseminação linfática. Mas antes de tudo, que é o sistema linfático? Trata-se de um sistema composto por órgãos, vasos e ductos presentes em todo o corpo com duas maiores funções: defesa e drenagem de líquidos do organismo. Os órgãos aí presentes são chamados órgãos linfáticos: baço, timo, tonsilas ( amígdalas ) palatinas e gânglios linfáticos ( linfonodos ). Todos esses órgãos produzem células de defesa no nosso organismo.

De uma maneira simples e rápida, o sistema linfático reúne o líquido em excesso dos tecidos, o recolocando na corrente sanguínea, novamente. Além disso, esse líquido é filtrado pelos linfonodos, impedindo que células estranhas permaneçam na circulação. E como já dito aqui, como apresenta órgãos produtores de células de defesa, nesse sistema circulam glóbulos brancos importantes no nosso corpo.

É um sistema de baixa pressão e que é unidirecional, impulsionado pela movimentação dos nossos músculos.

Sendo assim, como se dá a disseminação linfática do câncer ?

Toda região do corpo é drenada por uma parte da circulação linfática. Isto é, uma área recebe vasos e ductos linfáticos para recolherem o excesso de líquido e resíduo daquela região. Havendo um tumor ali, uma célula neoplásica é “recolhida” por essa circulação e levada ao longo de seu trajeto. Essa célula pode parar em um ou mais linfonodos desse trajeto, contaminando-o(s) e formando a(s) metástase(s) linfonodal(is).