Imunoterapia é o tratamento oncológico mais “da moda” entre os pacientes. Sempre escutamos: “posso usar imunoterapia?”. Então, vamos lá ! Falaremos sobre isso !
A imunoterapia, de forma simplificada, é uma medicação venosa que não atua como a quimioterapia. Ela não ataca as células neoplásicas, provocando prejuízo em seu material genético, e finalmente, a morte das células malignas. A imunoterapia estimula o corpo do paciente a reconhecer o tumor como intruso e a potencializar a resposta imunológica contra o mesmo. Em relação a efeitos colaterais, a imunoterapia é mais bem tolerada e não apresenta aqueles efeitos “chatos” da quimio como náuseas, vômitos, perda de cabelo e etc. No entanto, é uma terapia oncológica, onde nós médicos devemos ficar atentos, pois pode levar a efeitos adversos sérios em algumas situações.
Hoje, a imunoterapia é muito usada e com excelentes respostas em câncer de pulmão, melanoma e rim, dentre outras tipos, inclusive câncer de cólon e reto. No entanto, no câncer colorretal não é utilizada de maneira rotineira para todos os pacientes. É necessário que o paciente apresente uma alteração genética específica do tumor para ser um bom respondedor a esse tipo de terapia; caso contrário, a escolha para esse paciente é a quimioterapia.
A notícia não muito boa é que uma pequena parcela dos pacientes tem essa alteração; mais especificamente, 5% ou menos podem apresentar essas alterações denominadas instabilidades microssatélites (MSI-H). Além disso, é oferecida a somente pacientes com metástases, e não há benefício comprovado para aqueles pacientes que estão fazendo tratamento curativo.
E aí? Ainda tem dúvidas sobre a imunoterapia ?