Partiremos para o tratamento do câncer de reto localizado. Aqui, algumas coisas são diferentes do cólon. Então, vamos, lá!
Antes de definirmos o tratamento do câncer de reto, precisamos localizar onde esse tumor está no reto. Na parte mais próxima do ânus, na parte mais longe do mesmo, ou em uma localização mais mediana. Essa localização pode ser sugerida por outros exames, mas mais bem definida através de uma ressonância magnética.
Por ela, também definimos outros aspectos importantes como aumento dos linfonodos regionais, extensão da lesão, se a lesão invade algum órgão ao lado, e etc.
Com essas informações, podemos traçar a conduta.
O paciente deve ser avaliado pelo cirurgião e pelo oncologista para definição se seguirá com cirurgia, já como primeiro passo, ou se passará por um tratamento anterior a cirurgia. Se a indicação for a cirurgia, opera-se e com a biópsia da peça cirúrgica, definimos a necessidade ou não de fazer tratamento complementar: quimioterapia ou quimio e radioterapia.
Muito frequentemente, o paciente se submete a um tratamento que chamamos de combinado, que envolve quimio e radioterapia, a fim de reduzir o volume tumoral, para depois ir para cirurgia. Aqui, o paciente passa por um esquema popularmente chamado de “sanduíche”, onde trata-se com quimio e radioterapia, segue com cirurgia e após, complementa-se com quimioterapia.
Repetindo, o tipo de tratamento a ser instituído vai depender da avaliação do paciente e suas imagens pelo cirurgião e oncologista.
Também, nesse cenário de tratamento curativo do reto, entram os casos de metástases no fígado e pulmão. Novamente, vale a pena frisar que devem ser avaliados, individualmente, por time de especialistas importantes no tratamento: cirurgiões, oncologistas, radiologistas, radioterapeutas, radiologistas intervencionistas, e etc, a fim de decidirmos o melhor caminho a seguir.